Nascido na Itália, filho de um deputado perseguido pelo regime fascista, Enrico Bianco só conseguiu fugir para o Brasil graças a um deslize do ditador Mussolini. Era o final da década de 1930 e, ao deixar uma Europa sombria com a ascensão do fascismo, Bianco encontrou nos trópicos um país alegre que se tornaria para sempre a sua terra. Aqui, tornou-se um dos principais assistentes de Portinari e conviveu com os grandes nomes da arte no Século XX como Drummond, Mario de Andrade, Burle Marx, Niemeyer, Monteiro Lobato e vários outros que viriam a fazer a diferença nas próximas décadas. Este convívio ajudou a forjar um gosto pela brasilidade que permeia toda a sua obra. Os temas de Bianco estão nas ruas, no sertão e no dia-a-dia de nossa gente. Este Memórias de Enrico Bianco resgata um pouco dessa trajetória, que guarda acontecimentos únicos e uma visão de mundo singular, recheada de bom humor.
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